III SNEA – Atas – Comunicações em painéis

Discutindo a Ciência e suas Relações com a Sociedade, Política e Nacionalidade por Meio de um Jogo Didático sobre a História da Cosmologia (TCP41)

Autores:

Alexandre Bagdonas (Programa Interunidades em Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo), Vitor Fabrício (Programa Interunidades em Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo), Ivã Gurgel (Instituto de Física, Universidade de São Paulo), André Noronha (Programa Interunidades em Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo), Felipe Velasquez (Programa Interunidades em Ensino de Ciências, Universidade de São Paulo)

Palavras-Chave:

cosmologia; jogos; história da ciência; natureza da ciência

O ensino de cosmologia tem sido defendido em diferentes pesquisas direcionadas à atualização do currículo escolar, contribuindo para inserção de tópicos de física moderna e contemporânea na educação básica. Neste trabalho apresentamos uma sequência didática baseada em estudos da história da cosmologia que foi investigada e analisada em aulas de física em turmas do primeiro ano do Ensino Médio em uma escola pública paulistana. O objetivo geral da sequência é permitir aos estudantes uma compreensão mais rica sobre as formas com que a ciência se relaciona com seu contexto histórico-social, tomando como base uma abordagem histórica do desenvolvimento da cosmologia no século XX. Para isso, foi criado um jogo didático interativo, em que os alunos investigam a história da ciência entre 1914 e 1939, refletindo e discutindo sobre possíveis relações entre a história política mundial e o desenvolvimento da cosmologia. Neste jogo, que constitui a estrutura principal da sequência didática, os objetivos didáticos são problematizar tanto a visão do cientista neutro, livre de influências ideológicas, quanto o relativismo ingênuo, no sentido da ciência ser desprovida de qualquer objetividade. A análise das atividades sugeriu-nos que este jogo é uma estratégia didática promissora para que os estudantes compreendam a ciência como uma construção humana influenciada pelo contexto histórico-social, mas não completamente determinada ou condicionada por ele.