Autores: Fernando Roberto Jayme Alves(Universidade Federal de Goiás/Instituto de Estudos Socioambientais/Planetário da UFG), Paulo Henrique Azevedo Sobreira(Universidade Federal de Goiás/Instituto de Estudos Socioambientais/Planetário da UFG) Palavras-Chave: Modelos Mentais; Estações do Ano; Movimento Anual Aparente do Sol; Planetário. Este trabalho faz parte de um estudo de caso realizado recentemente no Planetário da Arquivo do Trabalho:
III SNEA – Atas – Comunicações Orais
CONCEPÇÕES ALTERNATIVAS E MODELOS MENTAIS SOBRE O MOVIMENTO ANUAL APARENTE DO SOL: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ESTAÇÕES DO ANO NO PLANETÁRIO DA UFG (CO4)
Universidade Federal de Goiás (UFG) sobre ensino e aprendizagem das estações do ano
com alunos do curso de graduação em Geografia desta mesma instituição. Abordar o tema
das estações a partir da superfície terrestre requer a compreensão do movimento anual
aparente do Sol no céu. Trata-se de um tema astronômico de grande relevância que, na
maioria das vezes, não é compreendido satisfatoriamente pelos alunos ou até mesmo pelos
professores. Estudos já realizados por vários autores têm apontado para diversas
dificuldades acerca do assunto. Por outro lado, os planetários constituem locais privilegiados
para a (re)construção do conhecimento, pois reúnem condições adequadas para a prática
pedagógica de temas que envolvem os fenômenos celestes. Neste contexto, realizou-se
uma pesquisa empírica no Planetário da UFG com 39 alunos por meio da aplicação de dois
questionários diretamente envolvidos a uma aula lecionada dentro da cúpula do planetário.
No levantamento de concepções prévias (primeiro questionário), foi possível diagnosticar
um modelo mental predominante que denominaremos de “equinócio eterno”, no qual o Sol
passa diariamente pelo zênite do equador terrestre, nasce e se põe nos pontos cardeais
leste e oeste, respectivamente. Já no aprendizado adquirido durante a aula na cúpula
(segundo questionário), verificou-se que a maioria do grupo compreendeu melhor o
movimento anual aparente do Sol, embora tenham ocorrido equívocos recorrentes quanto
ao sentido do deslocamento solar no céu ao longo do ano. Houve, também, um considerável
avanço na aprendizagem dos alunos sobre o fenômeno da passagem do Sol pelo zênite,
inclusive na latitude de Goiânia/GO. Desse modo, pretende-se discutir neste trabalho a
capacidade que o Planetário da UFG tem em contribuir para o aprendizado do movimento
anual aparente do Sol, realizando mudanças conceituais a partir das ideias prévias
constatadas nos alunos investigados.