Autores: CRISTIANE A. FONTANA GRÜMM(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira), ADRIANO BERNARDO MORAES LIMA(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira), PAOLA DOS SANTOS BALESTIERI(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira) Palavras-Chave: História da Astronomia no Brasil; Imperial Observatório do Rio de Janeiro; ciência e sociedade; paradigmas da astronomia. O objetivo deste trabalho é analisar o processo histórico de desenvolvimento da astronomia no Brasil do século XIX, em meio ao clima de tensão instaurado entre os astrônomos acadêmicos vindos da Europa e os militares vinculados ao Ministério dos Negócios da Guerra, ao qual estava subordinada a administração do Imperial Observatório do Rio de Janeiro. Partindo dos pressupostos teóricos de Thomas Kuhn (1962), que problematiza as relações existentes entre ciência e sociedade, pretende-se verificar o momento em que a concepção de astronomia ensinada e reproduzida pelos engenheiros formados na Escola Central entrará em choque com a concepção científica trazida pelos astrônomos europeus, a convite de D. Pedro II, ao Imperial Observatório. Procura-se evidenciar que o embate científico entre estas duas correntes está circunscrito ao modelo de sociedade da qual cada um dos grupos faz parte: de um lado, nações que se consideram responsáveis pelo processo civilizatório da humanidade; de outro, uma nação recém-inaugurada, cuja economia e sociedade estão visceralmente atreladas à escravidão e ao paternalismo.
III SNEA – Atas – Comunicações Orais
MILITARES VERSUS ASTRÔNOMOS: ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO NO IMPERIAL OBSERVATÓRIO DO RIO DE JANEIRO (CO25)