III SNEA – Atas – Comunicações em painéis

O ENSINO DE ASTRONOMIA NO SÉCULO XIX: O IMPERIAL OBSERVATÓRIO DO RIO DE JANEIRO E O ECLIPSE DE 1858 (TCP79)

Autores:

Adriano Bernardo Moraes Lima(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira), Cristiane A. Fontana Grümm(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira), Paola dos Santos Balestieri(Instituto Federal Catarinense / Campus Videira)

Palavras-Chave:

História da Astronomia no Brasil; Imperial Observatório do Rio de Janeiro; eclipse solar de 1858; expedições astronômicas.

O objetivo deste trabalho é analisar as mudanças no tratamento dado à astronomia pelo Imperial Observatório do Rio de Janeiro (IORJ) ao longo do século XIX. Desde a sua criação por decreto em 1827, o IORJ esteve vinculado ao Ministério dos Negócios da Guerra, servindo como órgão responsável pelo fornecimento de informações meteorológicas e geodésicas. No que tange à astronomia, sua atribuição principal era oferecer aos alunos da Escola Central (instituição onde eram formados os engenheiros militares) conhecimentos astronômicos necessários e aplicáveis à navegação e à geodésia, além de servir de espaço para as aulas práticas de manuseio dos instrumentos de observação dos astros e de posicionamento geográfico. Em 1858, com a chegada do astrônomo francês Emmanuel Liais ao Brasil e a expedição militar-científica da comissão astronômica que observou o eclipse solar daquele ano, paulatinamente o IORJ começou a se dedicar à produção de dados e instrumentos científicos, distanciando-se de seu papel inicial de formação de quadros militares para o Estado-Maior. Esta investigação histórica insere-se em um projeto maior de popularização da ciência astronômica entre alunos do ensino fundamental e médio da cidade de Videira (SC), centrado na reconstituição de experimentos científicos como metodologia para a transposição didática do conhecimento em Astronomia.