III SNEA – Atas – Comunicações em painéis

ESTUDANDO AS POTENCIALIDADES DE UM OBSERVATÓRIO PARA A EDUCAÇÃO EM ASTRONOMIA (TCP35)

Autores:

Rodolfo Langhi (Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Departamento de Física, UNESP, campus Bauru ), Samanta Ferreira (Graduanda do curso de Licenciatura em Física, UNESP Bauru) , Rosa Maria Fernandes Scalvi (Departamento de Física. Faculdade de Ciências. UNESP/Bauru)

Palavras-Chave:

Educação em Astronomia; espaços não formais de ensino; formação de professores; divulgação científica.

Cientes da importância dos resultados de pesquisas da área de Educação em Astronomia e da escassez de investigações em ambientes não formais de ensino, apresentamos um estudo realizado em um Observatório Didático de Astronomia, onde se decorreu uma análise de suas potencialidades para o desenvolvimento de atividades envolvendo as comunidades científica (pesquisadores em ensino de Ciências e astrônomos profissionais, por exemplo), amadora (Rede de Astronomia Observacional, membros de sua própria equipe, outros clubes e associações) e escolar (professores da educação básica, formadores de professores de Física, alunos do ensino fundamental, médio e superior), em ações nacionais (e internacionais) de ensino e divulgação, tentando-se minimizar ao máximo a tendência natural do uso do senso comum ou da experiência pessoal para o planejamento de tais atividades. Os resultados obtidos mediante a análise de conteúdo indicam que o caso deste observatório ilustra como ações desta natureza podem representar esforços para o aproveitamento das potencialidades de estabelecimentos ligados à Astronomia, já que as pesquisas na área de Educação em Astronomia indicam caminhos para uma divulgação sistematizada, objetiva e educacionalmente significativa, firmando relações entre as comunidades de pesquisa acadêmica, dos astrônomos amadores e a escolar, visando a união nacional de esforços isolados geograficamente. Apoiando-se nos resultados desta pesquisa acreditamos que atividades não formais sobre Educação em Astronomia, articuladas com a formação de professores e as potencialidades de estabelecimentos tais como os observatórios astronômicos e planetários, poderão abrir um lastro de oportunidades de linhas norteadoras que visem o aprimoramento do ensino deste tema no Brasil. Ressaltamos, contudo, a necessidade de posteriores estudos que possam subsidiar, com maior clareza e profundidade, a compreensão sobre a estrutura e funcionamento de cada uma das três comunidades principais (científica, amadora e escolar), bem como sua articulação com diferentes contextos educacionais e de divulgação científica, enriquecendo ainda mais esta proposta estudada.