Autores: Desirée Dornelles Corrêa(UFRGS/Instituto de Física), Daniela Borges Pavani(UFRGS/Instituto de Física/Departamento de Astronomia), Paulo Lima Jr.(UFRGS/Instituto de Física/Departamento de Física) Palavras-Chave: Ciência, Gênero, Astronomia, Física As mulheres estão entre as pessoas mais escolarizadas e constituem a maioria dos estudantes do ensino superior brasileiro na graduação, mantendo o percentual de presença de 57%. Entretanto, levantamentos da Unesco mostram que nas áreas da ciência ocorre uma diminuição da titulação feminina na educação superior. Em 2001, 43% dos titulados na área de Ciências eram mulheres e em 2008 essa presença caiu para 37%. Com o objetivo de incentivar o interesse de meninas pelas ciências exatas através da Astronomia e Física, o Instituto de Física está levando seus programas de extensão “Observatório Educativo Itinerante”, “Aventureiros do Universo” e “Escolas Parceiras” para uma escola localizada em Porto Alegre/RS, através do projeto “Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, com financiamento CNPq, MCTI, SPM-PR e Petrobras. A atuação na escola está dividida em quatro abordagens: (1) ações para as meninas; (2) ações para comunidade; (3) aplicação de questionários de atitude adaptados do projeto ROSE, para analisar o impacto das ações; (4) produção da série “Lugar de Mulher”. O ROSE (The Relevance of Science Education) é um projeto de pesquisa que tem por objetivo reunir e analisar informações vindas dos alunos(as) sobre diversos tópicos que influenciam sua motivação para aprender ciência. Os questionários serão aplicados antes das ações e ao final do projeto em 2015. No presente trabalho, apresentaremos as análises da primeira etapa de aplicação dos questionários, que contaram com 300 alunos-50% meninas-, e as ações desenvolvidas de acordo com os dados coletados. Os primeiros dados mostram que as estudantes acham importante estudar ciência, mas não reconhecem a importância da ciência (principalmente da astronomia) como uma solução para problemas sociais e desenvolvimento da sociedade. Outro dado de destaque na pesquisa é que muitas gostam e tem facilidade com as disciplinas de ciências, mas não pretendem cursar ensino superior nessa área.
III SNEA – Atas – Comunicações em painéis
INCENTIVANDO O INTERESSE DE MENINAS NA CIÊNCIA POR MEIO DA ASTRONOMIA E DA FÍSICA (TCP22)